MEIO AMBIENTE REFORÇA QUE "CUIDAR DO LIXO É CUIDAR DO FUTURO"
Confira dicas da secretaria municipal para implementar o hábito da correta destinação de resíduos em sua rotina

“Cuidar da natureza inclui fazer a separação do lixo, para garantir que cada tipo de resíduo gerado tenha um correto destino. E essa separação, mais do que uma possibilidade, deve ser uma obrigação de cada pessoa que gera resíduos - ou seja, todos nós”. Quem alerta é Crislei Ittner, coordenadora da divisão de Conservação e Educação Ambiental, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA).
Nesse sentido, aconteceu na tarde de ontem (23), no auditório da Prefeitura Municipal, a palestra “Cuidar do lixo é cuidar do futuro”, organizada pela divisão e direcionada aos servidores municipais, com a participação também de Franciele Ortis dos Santos, líder regional do Instituto Recicleiros. Além de reforçar o cuidado na hora do descarte, inclusive no ambiente de trabalho - o Centro Administrativo da Prefeitura Municipal conta com dois containers para separação do lixo, um aberto e outro fechado para o material reciclável, para que não molhe e estrague -, a ocasião reuniu informações importantes de como fazer a separação, reforçando a importância da destinação dos resíduos e da coleta seletiva.
A nova divisão trabalha com Educação Ambiental e utiliza muito os personagens da Família ECO que representam os tipos de resíduos gerados. A Família ECO é composta pela BIAgradável, cuidando dos resíduos orgânicos, o RejeiTINHO, responsável pelos rejeitos (ou lixo comum), o NaturECO que trata os resíduos recicláveis e a PRICILHA, com os resíduos especiais.
Como está a reciclagem no Brasil e por aqui - Cerca de 30% do lixo gerado no Brasil tem potencial para ser reciclado, porém somente 3% desse material é de fato reciclado. E em Campo Largo, quais são os indicadores da reciclagem? Segundo a SMMA, no ano passado foram recolhidos 25,8 mil toneladas de lixo no município, mas somente 2 mil toneladas deste montante foram recicladas.
“Isso representa apenas 7% do total de lixo gerado. Ou seja, há um importante caminho a ser percorrido, e ele passa pela mudança de hábitos”, afirma Thiago de Lima Teixeira, secretário municipal da SMMA. “Separar o lixo é importante e isso pode ser feito a partir de pequenas ações, mas que geram grandes resultados”, complementa Crislei.
Para onde vai o material reciclável? - Todo o material coletado vai para as Associações e a Cooperativa de reciclagem existentes na cidade, conforme recente acordo assinado. São elas: Associação de Reciclagem Campolarguense (ARC), Associação de Reciclagem das Amigas do Meio Ambiente (AR-AMA 2014), Cooperativa Recicla Campo Largo e Associação Unidos da Reciclagem (Assur).
Todo rejeito da reciclagem de Campo Largo, atualmente, vai para coprocessamento na fábrica de Cimento Itambé. E demais materiais que não são recicláveis - o que chamamos de lixo comum - são enviados para o aterro sanitário.
Tipos de resíduos que geramos:
- Papel, plástico, metal e vidro devem ser direcionados para a Coleta Seletiva, pois são materiais recicláveis;
- Lâmpadas, latas de tinta, pneus, pilhas e baterias devem ser destinados para a Logística Reversa e pontos de coleta específicos;
- Óleo usado deve ser colocado em garrafas pet vazias e descartado também na coleta seletiva. Alguns locais também recolhem, como a Casa SO+MA nos bairros Centro, Ferraria e Itaqui;
- Lixo comum são os resíduos orgânicos (restos de comida, cascas de frutas e folhas), guardanapo usado, fralda, absorvente e papel higiênico.
Você sabe o que é Coleta Seletiva? - É um sistema de recolhimento de lixo criado para que seja possível separar resíduos recicláveis dos biodegradáveis - ou seja, do lixo não reciclável. Em Campo Largo a empresa terceirizada HMS, contratada pelo município, é quem recolhe estes materiais, confira as rotas aqui.
Abaixo estão dicas valiosas da SMMA sobre a separação, para aplicar na rotina a partir de hoje mesmo:
* Não misture recicláveis com orgânicos;
* Separe o lixo comum do reciclável em lixeiras diferentes;
* Não é necessário lavar as embalagens plásticas e metálicas antes de reciclar, basta limpar o excesso de resíduos;
* Não molhe o material reciclável;
* Embrulhe materiais cortantes como vidros quebrados, por exemplo. Utilize um papel grosso como o de jornal, ou coloque em uma caixa ou garrafa pet para evitar acidentes. E não esqueça de etiquetar os materiais cortantes, para sinalizar aos trabalhadores que recolhem o material para você;
* Procure pontos de coleta apropriados para os resíduos da logística reversa;
* Para materiais perfuro cortantes infectantes, como agulhas e seringas, o descarte também deve ser feito em locais apropriados, como farmácias ou postos de saúde. Saiba mais aqui;
* Mantenha os sacos/sacolas de lixo bem fechados;
* Evite que o vento espalhe os resíduos mais leves e os odores desagradáveis;
* Nos locais de trabalho cuide para não misturar restos de alimentos com os resíduos de escritório, que podem ser reciclados. Nestes casos, jogue o resíduo orgânico junto com o lixo do banheiro.
Consequências de não reciclar - O descarte inadequado de lixo e a falta de cuidado gera consequências à natureza, com diversos impactos negativos. Algumas consequências principais são:
- Poluição do solo: resíduos tóxicos podem contaminar o solo, prejudicando a vegetação e dificultando o crescimento das plantas;
- Poluição da água: lixões e aterros sanitários mal administrados podem liberar substâncias químicas nocivas, contaminando rios, lagos e lençóis freáticos;
- Poluição do ar: a queima de lixo libera gases tóxicos, como dióxido de carbono e metano, contribuem para o efeito estufa e pioram a qualidade do ar. Inclusive, a queima é proibida no município;
- Impacto na fauna: animais podem ingerir resíduos plásticos e outros materiais perigosos, o que pode levar a intoxicações, ferimentos e até a morte;
- Proliferação de doenças: o lixo acumulado em locais inadequados favorece a reprodução de vetores de doenças, como ratos e mosquitos transmissores de enfermidades como a Dengue.
- Enchentes e obstrução de córregos: o acúmulo de lixo em rios e esgotos pode bloquear o fluxo da água, aumentando o risco de enchentes nas cidades.
Se cada um fizer a sua parte, ajudando a conservar os recursos naturais, o meio ambiente e as futuras gerações agradecem!
Matéria : Assessoria PMCL
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