A Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) denunciou 11 jogadores pela briga generalizada ocorrida após o término do clássico Atletiba, realizado no último sábado, no estádio Couto Pereira. A súmula do árbitro Selmo Pedro dos Anjos Neto registrou a expulsão de nove atletas envolvidos na confusão: cinco do Coritiba e quatro do Athletico.

Jogadores expulsos

• Junior Brumado (atacante)
• Jamerson (lateral)
• Rodrigo Gelado (lateral)
• Sebá Gómez (volante)
• Josué (meia)

Athletico:

• Felipinho (volante)
• Fernando (lateral)
• Mycael (goleiro)
• Isaac (ponta)

Além desses nove jogadores, a Procuradoria incluiu na denúncia mais dois atletas do Athletico: o meia Zapelli e o goleiro Matheus Soares, possivelmente com base em análises de vídeos da partida.

Cada jogador denunciado pode enfrentar uma suspensão de até 22 partidas, conforme os artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). As possíveis punições aplicam-se exclusivamente às competições organizadas pela Federação Paranaense de Futebol, não afetando a participação dos atletas na Copa do Brasil ou no Campeonato Brasileiro.

Até o momento, não há data marcada para o julgamento. Inicialmente, o caso será analisado por uma comissão disciplinar do TJD-PR (primeira instância) e, em caso de recurso, seguirá para o Pleno do TJD-PR (segunda instância). A expectativa é que o processo seja concluído em ambas as instâncias nas próximas quatro a cinco semanas, período em que o campeonato já estará nas fases eliminatórias. Dessa forma, é possível que várias das punições sejam cumpridas apenas em 2026.

Além das consequências desportivas, os atletas envolvidos na briga serão convocados para prestar depoimento na Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe), unidade da Polícia Civil do Paraná responsável por investigar ocorrências em eventos esportivos. No total, onze jogadores foram expulsos no clássico, dois durante o jogo e nove devido à confusão após o apito final.

O técnico do Athletico, Maurício Barbieri, manifestou repúdio à briga, classificando-a como "vergonhosa". Ele enfatizou que o futebol deve servir de exemplo para a sociedade e criticou a conduta dos jogadores envolvidos.

A repercussão negativa do episódio gerou debates sobre a necessidade de medidas disciplinares mais rigorosas e de uma postura mais firme dos clubes em relação ao comportamento de seus atletas, visando preservar a integridade do esporte e a imagem das instituições envolvidas.