Cavaleiros de Campo Largo enfrentam porteira fechada após 80 km de cavalgada em missão de fé
Fieis são impedidos de acessar a Capela Nossa Senhora das Neves, localizada na Serra de São Luiz do Purunã, devido a evento privado
A Capela Nossa Senhora das Neves, em Palmeira, tornou-se palco de polêmica e frustração neste último sábado (16/11). Após percorrerem cerca de 80 km em uma cavalgada que unia fé e tradição, os Cavaleiros "Os Tauras", de Campo Largo, foram impedidos de concluir sua jornada religiosa ao encontrarem a porteira do local fechada. A entrada estava bloqueada devido a um evento privado promovido por outro grupo religioso, que impossibilitou o acesso dos cavaleiros e demais fiéis ao histórico templo.
Imagens compartilhadas pelos participantes mostram o momento de frustração, destacando o contraste entre a longa jornada dos cavaleiros e a barreira encontrada. A Mitra Metropolitana, responsável pela capela, confirmou que o local estava alugado para o evento fechado, causando a impossibilidade de acesso a outros visitantes.
O episódio gerou indignação entre os participantes, que destacaram a importância da capela como um espaço de acolhimento e fé, independente de eventos programados. "Viemos com nossas famílias em busca de paz e oração. Fechar as portas de um espaço religioso é negar o propósito de sua existência", comentou um dos cavaleiros.
Além disso, a situação reacendeu o debate sobre a gestão de locais de importância histórica e religiosa, especialmente aqueles que envolvem comunidades tradicionais. Os tropeiros sempre utilizaram a região como ponto de apoio durante a descida da serra, reforçando a conexão cultural com a capela.
Localizada em um cenário natural exuberante, a Capela Nossa Senhora das Neves não apenas é um marco religioso, mas também um atrativo turístico e cultural. A decisão de restringir o acesso, mesmo que temporariamente, levantou questionamentos sobre o equilíbrio entre preservação, eventos particulares e o livre acesso aos patrimônios históricos.
O ocorrido também chamou atenção das lideranças de Campo Largo, que planejam debater com a Mitra a necessidade de garantir que peregrinações e atividades religiosas comunitárias tenham prioridade em locais como este.
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