O boxe brasileiro perdeu um de seus maiores ícones nesta quinta-feira (24). José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Maguila, faleceu aos 66 anos em São Paulo. A morte foi confirmada pela esposa do pugilista ao Globo Esporte. Maguila lutava há anos contra a encefalopatia traumática crônica (ETC), uma condição degenerativa também conhecida como demência pugilística, que o acometia desde 2013.

Nas últimas semanas, o quadro clínico de Maguila piorou, levando-o a ser transferido do Centro Terapêutico Anjos de Deus, em Itu, para o Hospital das Clínicas, em São Paulo, onde ele faleceu. A encefalopatia traumática crônica, que não tem cura, é uma doença comum entre atletas de esportes de impacto, como o boxe, devido aos repetidos traumas na cabeça ao longo da carreira.

Uma Carreira de Conquistas

Maguila nasceu em Aracaju, Sergipe, e começou sua carreira profissional no boxe na década de 1980, destacando-se rapidamente pela sua determinação e força física. Ele foi campeão sul-americano e brasileiro dos pesos-pesados, e sua popularidade o levou a se tornar uma figura midiática além dos ringues, participando de programas de TV e campanhas publicitárias.

Entre suas lutas mais memoráveis está o combate contra Evander Holyfield, em 1989, que elevou seu nome ao reconhecimento internacional. Embora tenha enfrentado adversários de peso, foi sua humildade e proximidade com o público que conquistaram o coração dos brasileiros.

A Luta Contra a ETC

O diagnóstico de encefalopatia traumática crônica trouxe grandes desafios para Maguila nos últimos anos de sua vida. A doença, causada por repetidos golpes na cabeça, é conhecida por causar danos cerebrais progressivos, afetando a memória, cognição e comportamento. Apesar do tratamento no Centro Terapêutico Anjos de Deus, em Itu, seu estado de saúde piorou nas últimas semanas, levando-o à internação no Hospital das Clínicas.

Legado

Maguila deixa um legado inestimável para o boxe brasileiro. Sua história de superação, dentro e fora dos ringues, serviu de inspiração para muitos. Ele não apenas abriu portas para futuras gerações de pugilistas, mas também trouxe visibilidade para o esporte em um país apaixonado por futebol. A perda de Maguila marca o fim de uma era, mas sua memória permanecerá viva na história do esporte e no coração de seus fãs.