A candidatura de Christiano Puppi, que se apresenta como uma nova esperança para Campo Largo, foi abalada por uma discrepância preocupante em sua declaração de bens. Embora Puppi tenha recebido um salário líquido de R$ 26.675,39 como diretor da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços em maio de 2024, ele declarou possuir apenas R$ 7.891,92 em patrimônio.

A questão é intrigante: como um homem que ganha mais de R$ 20 mil mensais, bem acima da média dos trabalhadores brasileiros, pode declarar tão pouco? Sua declaração levanta suspeitas sobre sua capacidade de gerir finanças pessoais ou, ainda mais grave, sobre a real transparência de seus atos. Um dos pontos mais polêmicos é o fato de que Christiano, apesar do patrimônio mínimo declarado, circula em um Volkswagen Tiguan — um veículo que, novo, custa acima de R$ 200 mil.

Para a população, essa incoerência traz à tona questionamentos não apenas sobre a administração pessoal de Christiano, mas sobre o tipo de gestor que ele seria caso assumisse a prefeitura. É possível confiar a gestão de uma cidade a alguém que, aparentemente, não consegue ou não deseja acumular bens proporcionalmente ao seu salário? Ou será que há informações omitidas em sua declaração de bens, indicando uma possível falta de transparência?

Com a crescente pressão por transparência e ética na política, essas questões não podem ser ignoradas. O eleitorado de Campo Largo merece explicações claras e contundentes, já que as atitudes de Puppi em relação à sua própria vida financeira podem ser um reflexo do que a população pode esperar de sua administração pública.

Matéria: Marcopolo Pais