Christiano Puppi recebe mais de R$ 340 mil de fundo partidário, mas enfrenta críticas por gastos elevados e atrasos em campanha
Mesmo com recursos substanciais do fundo partidário, a campanha de Christiano Puppi é alvo de críticas devido a gastos elevados e falhas na entrega de materiais. Apoiadores produzem seus próprios itens de divulgação, e eleitores questionam sua capacidade
Christiano Puppi, candidato à prefeitura de Campo Largo, recebeu um total de R$ 344.500,00 provenientes do fundo partidário, com R$ 244.500,00 vindos da Direção Nacional do União Brasil e R$ 100.000,00 da Direção Estadual do Progressistas. Apesar dessa quantia expressiva, sua campanha tem enfrentado críticas severas pela má gestão desses recursos, gerando frustração tanto entre apoiadores quanto entre outros candidatos da coligação.
A falta de materiais tem sido tão grave que diversos apoiadores de Puppi se viram forçados a criar seus próprios itens de divulgação, em muitos casos sem incluir a imagem do candidato a prefeito nas peças. Tal cenário gera desconfiança sobre a capacidade de Puppi de gerir sua campanha de forma eficaz, alimentando uma onda de insatisfação entre aqueles que esperavam um suporte mais ágil e eficiente.
Enquanto isso, candidatos como Jacinta Sabim, do Partido Liberal (PL), enfrentam uma realidade completamente diferente. Jacinta foi às redes sociais denunciar a total ausência de verba de campanha, afirmando que o PL não fará nenhuma doação para os candidatos a vereador do partido. O único favorecido dentro do PL, segundo a candidata, seria Athos Martinez, parente do governador, evidenciando um possível favorecimento de poucos, em detrimento de outros. Jacinta expressou sua frustração em não conseguir financiar nem mesmo as despesas mais básicas de sua campanha, enquanto vê outros candidatos recebendo grandes somas de dinheiro, a exemplo de Victor Bini que recebeu um montante de R$ 39.120,00 e do candidato GM Rafael Freitas que também recebeu um montante de R$ 39.120,00 ambos do União Brasil.
Esse contraste entre as campanhas majoritárias e as de vereadores não é exclusivo do PL. Em outros partidos, a situação é semelhante. Candidatos menores, como Jacinta, lutam para obter apoio financeiro, enquanto a campanha de Puppi, mesmo com mais de R$ 340 mil em recursos, parece desorganizada e incapaz de atender às necessidades de sua própria estrutura.
Diante desse cenário, muitos eleitores começaram a questionar a capacidade de Christiano Puppi de administrar o município. “Se ele não consegue gerir sua própria campanha com eficiência, como será capaz de enfrentar os desafios de Campo Largo, que são muito maiores e mais complexos?” é uma pergunta que tem circulado entre apoiadores e eleitores indecisos.
Outro ponto de crítica é a falta de transparência na distribuição dos recursos para as candidaturas femininas. Segundo a Lei nº 9.504/1997, pelo menos 30% do fundo partidário deve ser destinado às candidaturas de mulheres, uma medida criada para promover a equidade nas eleições. Contudo, a realidade vista em Campo Largo levanta preocupações sobre o cumprimento dessa legislação, uma vez que candidatas como Jacinta Sabim denunciam a completa ausência de recursos.
Enquanto a campanha de Christiano Puppi se afunda em críticas sobre a má gestão financeira e os atrasos na entrega de materiais, a chapa majoritária do PSD, encabeçada por Mauricio Rivabem, tem recebido elogios pela organização e suporte integral oferecido aos partidos coligados. A diferença de gestão entre as campanhas se torna evidente, criando uma vantagem significativa para Rivabem na disputa pela prefeitura.
A maneira como Puppi está lidando com os desafios de sua própria candidatura coloca em xeque sua habilidade para administrar os problemas maiores e mais complexos que o esperam, caso ele seja eleito prefeito. A eficiência na gestão dos recursos eleitorais é vista como um reflexo da capacidade administrativa, e, até o momento, a campanha de Puppi parece deixar a desejar.
Matéria: Marcopolo Pais
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